Page 30 - Meditação e Espiritismo | Candeia.com
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Como autores deste livro, entendemos a importância
de conhecer algo acerca das suas origens e propostas.
Pois, a partir desse conhecimento mais amplo e à luz do
espiritismo, podemos prosseguir mais bem equipados na
desconstrução das nossas ilusões pessoais, despertan-
do as potencialidades adormecidas.
Mas, afinal, quando surgiu essa história de meditação?
Você sabe algo sobre esse tema?
É difícil assinalar precisamente em que local e como
teve início tal prática milenar. Pesquisadores levantam a
hipótese de que tribos primitivas, na Pré-História, apren-
deram a meditar a partir da observação noturna das
fogueiras e do céu estrelado. Do mesmo modo que o
olhar fixo em cachoeiras, pássaros, nuvens, rios e mares
era o prenúncio não apenas de um desejo embrionário
de saber e descobrir a origem das coisas, mas também
os rudimentos de um encanto e de uma sensibilidade
ainda não totalmente alcançados por nós no início do
século XXI. Sem dúvida, a observação do sol nascente e
do sol poente, as sensações provocadas pelos ventos
fortes e pelas brisas suaves, a observação do fogo, o cair
da chuva amena e delicada ou mesmo o som estriden-
te das tempestades furiosas são quadros naturais que
despertaram, aos poucos, uma contemplação silenciosa,
temerosa e reverencial no ser primitivo.
Encontramos nos mais diversos povos da antigui-
dade – assírios, caldeus, egípcios, babilônios, hebreus,
celtas, romanos, hindus, gregos e chineses – referências
sobre a prática meditativa. Cremos que ela tenha vindo
de forma mais elaborada com os Espíritos oriundos de
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