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corpo nos sinaliza outra direção ou outro posicionamento
nos afasta das posturas que abrem o campo da vida para
um movimento em direção ao “mais”. A postura de rebel-
dia que insiste, movida pela angústia ou pela ansiedade,
é um movimento perigoso de consequências profundas,
pois nos afasta do poder real e da conexão com aquilo
de que verdadeiramente precisamos. E isso tem um alto
preço emocional, espiritual e mesmo físico.
Recordo-me de uma situação em minha vida na qual
precisava tomar uma decisão quanto a um relacionamen-
to. A cada uma das possibilidades que eu aventava, meu
corpo reagia de forma diferente. Enquanto eu pensava
nas diversas opções, meu corpo se modificava. Naquela
época, eu era ainda muito novo e imaturo para perce-
ber que deveria respeitar essa sinalização e obedecê-la,
como uma guiança do meu interior diante do que eu ver-
dadeiramente precisava. O desejo de controle e a angús-
tia por me sentir igual não me deixavam perceber o que
eu verdadeiramente era. Uma ocorrência natural diante
da inexperiência e da pouca individualidade comuns na
adolescência. Escolhi uma postura e uma decisão que
apertaram o meu peito, que me provocaram desconfor-
to e fizeram o coração bater acelerado, mas que, naque-
le momento, pareceram ser as corretas, racionalmente,
considerando o que eu queria. E era mesmo o que eu
queria, mas não o que eu precisava. Ao longo da minha
vida, tive que tomar outras decisões que provocaram es-
ses mesmos sentimentos, e acabei pagando um altíssimo
preço por elas.
Hoje sei que o corpo, como tela da alma, expressa em
imagens, sinais e sintomas a mensagem mais profunda