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erta vez, durante um treinamento
Cde constelação familiar, ouvi do facilitador, Décio Oli-
veira, uma frase que ressoou forte em mim: “Estamos
sempre muito atentos à postura do outro e pouco aten-
tos à qual postura em nós sustenta ou interage com a
postura do outro”. Esse conceito não só me tocou como
se revela profundamente verdadeiro cada vez que me pro-
ponho a perceber onde reside o verdadeiro poder pessoal.
Certamente, em um mundo de trocas e de equilíbrio
no dar e no receber, aguardamos sempre algo do outro,
cheios de expectativas. No entanto, a fantasia de que é
a postura do outro que determina a nossa satisfação ou
a nossa insatisfação, a paz ou a desarmonia, é realmente
perturbadora. Ninguém tem esse poder, a não ser quan-
do abrimos mão de nossa capacidade de decisão e do
direito de autonomia que decorre da autoconsciência e
do autodomínio.
Não são as circunstâncias que nos definem; as pos-
turas internas é que determinam a nossa vida, pois são
elas que criam o campo magnético que atrai ou repulsa,
conecta ou separa as pessoas e as experiências de nossas
vidas. A mudança de postura muda igualmente os efei-
tos ou os resultados. Tudo e todos são profundamente
sensíveis às posturas que adotamos dentro de nós, no
coração. Estar atento a elas e decidir sobre elas, pois, é
um empoderamento pessoal legítimo.
A postura de admiração conecta as pessoas e a de
crítica, afasta; a postura de aceitação produz paz e a de
rebeldia, ansiedade. A postura de gratidão enche o co-
ração e a de exigência o esvazia... Tudo isso são decisões
interiores, e estas são as primeiras e mais importantes