Page 48 - Reconciliação | Candeia.com
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As dores necessárias são aquelas que conduzem o homem ao des-
               pertar da sensibilidade, da consciência de suas necessidades reais e de
               suas potencialidades. Não são expressão de um Deus caprichoso, cheio
               de emoções humanas, mas o efeito natural de movimentos de nega-
               ção da ordem e dos princípios gerais aos quais todos devem obedecer

               e seguir, tão bem explanados nos evangelhos de Jesus . As lições de
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               vida ofertadas pelo Cristo e seus ensinos não são a expressão de uma
               religiosidade dogmática à qual o homem deve seguir. Representam a

               divina esperança e a destinação humana, pois são o enunciado das leis
               maiores do Pai, a representar guia e farol para a humanidade em trevas
               de negação e desconhecimento de sua realidade divina.



                      “Para o homem, Jesus constitui o tipo da perfeição moral a que a
                    Humanidade pode aspirar na Terra. Deus no-lo oferece como o mais per-
                    feito modelo e a doutrina que ensinou é a expressão mais pura da lei do
                    Senhor, porque, sendo ele o mais puro de quantos têm aparecido na Terra,
                    o Espírito Divino o animava.” 22


                    Seguir os princípios morais apresentados pelo Evangelho conduz
               o homem à sua divina destinação. Conclui o apóstolo Paulo: “Gravitar
               para a unidade divina, eis o fim da Humanidade.” Ensina Emmanuel:
               “Reconhecendo a nossa origem na Fonte de Todas as Perfeições, é natu-

               ral que podemos e precisamos realizar em torno de nós as obras perfei-
               tas a que estamos destinados por nossa própria natureza.” 23




               • 21 •  Ibidem, questão 625: “Qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem,
                    para lhe servir de guia e modelo? Vede Jesus”.
               • 22 •  Ibidem, questão 625. Comentário de Allan Kardec.
               • 23 •  Francisco Cândido Xavier e Espírito Emmanuel, O Espírito da verdade, cap. 44.


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