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A sua destinação é o amor: o culto harmonioso do belo e do
bem. No entanto, qual criança conduzida pela tutela de um adulto
maduro, o Espírito segue sua trajetória amadurecendo suas percep-
ções de si mesmo e da vida, consoante a realidade que lhe é possível
a cada passo, ou seja, de acordo com sua capacidade de percepção e
apreensão, acrescida de sua vontade e esforço para dilatá-las.
O bem, sendo lei do universo, é convite contínuo. Naturalmente,
em sua percepção infantil, nega-o inúmeras vezes, sofrendo o efei-
to dessa negação até que reconheça a ordem que vige no universo e
que constitui a expressão do Pai em cada parte.
O BEM E O MAL
mal se apresenta como a negação do bem e como sua ausência.
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O Não tem existência real . No entanto, como movimento e expres-
são de alienação, pode ser a momentânea eleição do Espírito imaturo em
caminho de aprendizado e descoberta de sua real natureza. Envolvido na
ilusão que a matéria lhe apresenta e na força da cultura, que represen-
ta estágios de percepção da realidade de uma determinada coletividade,
• 16 • Ibidem, item 8: “Pode dizer-se que o mal é a ausência do bem, como o frio é
a ausência do calor. Assim como o frio não é um fluido especial, também o
mal não é atributo distinto; um é o negativo do outro. Onde não existe o bem,
forçosamente existe o mal. Não praticar o mal já é um princípio do bem. Deus
somente quer o bem; só do homem procede o mal. Se na criação houvesse um
ser preposto ao mal, ninguém o poderia evitar; mas, tendo o homem a causa
do mal em SI MESMO, tendo simultaneamente o livre-arbítrio e por guia as
leis divinas, evitá-lo-á sempre que o queira”.
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