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no entanto, o desenvolvimento do intelecto, na aquisição de elementos
               que o conduzam à compreensão das leis divinas e ao despertar dos senti-
               mentos nobres, na apreensão vivificada da lei maior, desenvolvendo em
               si os gérmens de virtudes ou potencialidades das quais o Pai lhe dotou.
                    Ensina Emmanuel que:



                      “O homem deve viver a sua existência, no mundo, sabendo que perten-
                    ce ao Céu, por sua sagrada origem, sendo indispensável, desse modo, que
                    se desmaterialize, a todos os instantes, para que se desenvolva em amor e
                    sabedoria, na sagrada exteriorização da virtude celeste, cujos gérmens lhe
                    dormitam no coração.” 14

                    Esse caminho de despertar multimilenar do ser através das encar-
               nações sucessivas conduz o homem, por meio de exercícios de tentati-

               va e erro, em recomeços contínuos, à aquisição do sentimento de valor,
               pertencimento e poder real, o do afeto . Ele semeia livremente e colhe
                                                 15
               responsavelmente, sempre mergulhado no amor infinito do Criador.





                    desenvolvimento da inconsciência para a plenitude”. Autoamor e outras potên-
                    cias da alma, p. 240 (psicografia de Andrei Moreira, Ame Editora).
               • 14 •  Francisco Cândido Xavier e Espírito Emmanuel, O consolador, pergunta 310.
               • 15 •  Allan Kardec, A gênese, cap. III, item 10: “O Espírito tem por destino a vida
                    espiritual, porém, nas primeiras fases da sua existência corpórea, somente as
                    exigências materiais lhe cumpre satisfazer e, para tal, o exercício das paixões
                    constitui uma necessidade para o efeito da conservação da espécie e dos indi-
                    víduos, materialmente falando. Mas, uma vez saído desse período, outras ne-
                    cessidades se lhe apresentam, a princípio semimorais e semimateriais, depois
                    exclusivamente morais. É então que o Espírito exerce domínio sobre a matéria,
                    sacode-lhe o jugo, avança pela senda providencial que se lhe acha traçada e se
                    aproxima do seu destino final”.


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