Page 36 - Reconciliação | Candeia.com
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paternidade divina, mas negam a irmandade universal, separando
homens e mulheres por raça, credo, cor, etnias, características se-
xuais e opiniões políticas.
Prossegue o benfeitor Emmanuel:
“Observando a generosidade paterna, os sentimentos inferiores que o
animam sobem à tona e ei-lo na demonstração de sovinice. Contraria-o a
vibração de amor reinante no ambiente doméstico; alega, como autêntico
preguiçoso, os anos de serviço em família; invoca, na posição de crente
vaidoso, a suposta observância da Lei divina e desrespeita o genitor, inca-
paz de partilhar-lhe o justo contentamento. Esse tipo de homem egoísta
é muito vulgar nos quadros da vida. Ante o bem-estar e a alegria dos ou-
tros, revolta-se e sofre, por meio da secura que o aniquila e do ciúme que
o envenena. Lendo a parábola com atenção, ignoramos qual dos filhos é o
mais infortunado, se o pródigo, se o egoísta, mas atrevemo-nos a crer na
imensa infelicidade do segundo, porque o primeiro já possuía a bênção do
remorso em seu favor.” 10
O Deus apresentado pelo Espiritismo, na revivescência do
cristianismo, é um Deus apolítico, atemporal, sem personalismos
e sem interesses, que ama incondicionalmente a todas as criaturas,
respeitando-lhes os estágios evolutivos nesse ou naquele setor reli-
gioso ou social, pois sabe que todos, sendo divinos, gravitam para a
mesma finalidade: a integração no Seu amor no tempo.
O Evangelho de Jesus representa o enunciado lúcido e sábio
das leis naturais que fazem o Espírito entrar na posse da abun-
dância e da riqueza universal. Trata-se de um código religioso que
• 10 • Ibidem.
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