Page 43 - Palavras para a Alma | Candeia.com
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stamos começando o mês de dezembro, o mês do
Natal. É uma época na qual ficamos agitados, e há
Emuita correria para poder cumprir todos os com-
promissos natalinos no trabalho, com a família, com os
amigos. Os trinta e um dias do mês de dezembro parecem
pouco para abarcar tantas comemorações. Por vezes, a ale-
gria do encontro com pessoas queridas fica encoberta pelas
enormes tarefas a executar, principalmente se participamos
de grupos grandes, nos quais a preocupação em tudo dar
certo se torna quase que a finalidade do estar junto.
Além desse corre-corre físico também há pressa em nos-
sas almas, uma urgência em querer resolver tudo o que
ficou pendente durante o ano. É como se dia 31 de de-
zembro fosse a data limite para cumprir o que ainda não
conseguimos até ali. Às vezes, essa data nos parece um
alívio, porque fantasiamos que ela levará tudo de ruim do
ano que passou. Essas duas ideias são crenças que cultiva- 36
mos sem pensar mais profundamente, e se tornam, assim,
quase que verdades de fato!
Pensando nesse tema, consultei o livro Chico Xavier, à
sombra do abacateiro, que é um texto muito prazeroso de
ler porque resume as falas que Chico pronunciava quando
realizava os cultos de Evangelho aos sábados, à sombra
de um abacateiro, lá em Uberaba, Minas Gerais. Quase
me sinto ali quando leio esse livro, como se também eu
estivesse sentada ali, a ouvir aquelas palavras de tamanha
simplicidade e profundidade. O livro tem um capítulo
que conta como era o dia de Natal de Chico Xavier. Isso
me fez pensar muito, porque o corre-corre dele era sobre
poder estar junto daqueles que não conseguiam se loco-
mover, dos que estavam sozinhos, dos que não tinham o
que comer. Fiquei pensando, minha nossa… Afinal, Natal
é isso! Se estabelecemos que essa é a data de aniversário