Page 37 - Palavras para a Alma | Candeia.com
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nFrentamos desafios de muitos tamanhos diFe-
                 rentes ao longo de nossa jornada. Olhamos para
          Eaqueles que nos parecem muito grandes e temos a
           impressão de que não iremos aguentar passar por eles. Nes-
           sas horas, duvidamos se vamos conseguir sair vivos diante
           de acontecimentos completamente inesperados para nós,
           os quais nos fazem visitar lugares sombrios em nossas al-
           mas. Quero lhe convidar a olhar para essa experiência a
           partir de algumas reflexões.
              Nossos aprendizados escolares, iniciados na infância e
           que levamos para nossa vida adulta, nos informam o se-
           guinte: se nos prepararmos bastante, se estudarmos com
           dedicação, teremos condições plenas para realizar uma
           prova. Tanto é que, quando um resultado não corresponde
           às nossas expectativas, a primeira certeza que nos chega é a
           de que não nos preparamos o suficiente para aquilo. Esse
           entendimento também se confirma para todos nós diante            2
           de várias circunstâncias diferentes: seja em uma prova de
           motorista; um concurso público; uma seleção de emprego
           ou a compra de um bem material… Enfim… é simples
           concluir que o bom resultado em uma prova é diretamen-
           te proporcional ao esforço que fizermos para realizá-la. E,
           quando estamos diante de algo novo, não temos dúvidas
           de que se nos prepararmos o bastante, teremos condições
           de superar e alcançar pleno êxito.
              Porém, quando as adversidades da vida chegam, quan-
           do um desafio existencial surge em nossa caminhada de
           modo inesperado, esse mesmo modo de agir já não é útil,
           e as primeiras perguntas que aparecem são: “Por quê?”;
          “Como assim?”; “Como algo pode surgir sem termos nos
           preparado para isso, sem termos sido avisados com antece-
           dência para podermos nos aprontar?”. E, ao nos perceber-
           mos tão vulneráveis, tão frágeis, cremo-nos sem condições
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