Page 61 - Homossexualidade sob a Ótica do Espírito Imortal | Candeia.com
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Na literatura, um dos nomes importantes é Oscar Wilde,
             que inclusive foi preso e condenado devido à prática homos-
             sexual. É dele a famosa descrição da homossexualidade como
            “o amor que não ousa dizer o nome”. 24




             Cronologia das mudanças na visão
             da homossexualidade na história mundial


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                Criminalização da homossexualidade (juntamente com
             sexo anal e masturbação) pelo Rei Henrique VIII, da Inglaterra,
             atendendo a princípios religiosos.






             24.  Essas foram as palavras do literato em seu primeiro julgamento, em 26
                de abril de 1895:
                “‘O amor que não ousa dizer o nome’ nesse século é a grande afeição
                de um homem mais velho por um homem mais jovem como aquela
                que houve entre Davi e Jonatas, é aquele amor que Platão tornou a
                base de sua filosofia, é o amor que você pode achar nos sonetos de
                Michelangelo e Shakespeare. É aquela afeição profunda, espiritual
                que é tão pura quanto perfeita. Ele dita e preenche grandes obras de
                arte como as de Shakespeare e Michelangelo, e aquelas minhas duas
                cartas, tal como são. Esse amor é mal entendido nesse século, tão mal
                entendido que pode ser descrito como o ‘Amor que não ousa dizer o
                nome’ e por causa disso estou onde estou agora. Ele é bonito, é bom, é
                a mais nobre forma de afeição. Não há nada que não seja natural nele.
                Ele é intelectual e repetidamente existe entre um homem mais velho
                e um homem mais novo, quando o mais velho tem o intelecto e o mais
                jovem tem toda a alegria, a esperança e o brilho da vida à sua frente.
                Que as coisas deveriam ser assim o mundo não entende. O mundo
                zomba desse amor e às vezes expõe alguém ao ridículo por causa dele.”





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