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saúde, na definição científica da Organização Mundial da
S
A aúde (OMS), é vista como um “estado de completo bem-es-
tar físico, psíquico e social e não meramente a ausência de doença
ou enfermidade.” 1
Essa definição, ainda que bastante ousada e vanguardista, for-
mulada em 1946, representa o ideal perseguido, mas não alcançado
até o momento. Isto porque, diante dos inúmeros desafios na vida,
raros são aqueles que conseguem manter ou conquistar o equilí-
brio em todas as áreas, quanto mais o completo bem-estar, como
propõe a OMS.
Tal situação é muito natural, visto que o progresso, sendo ine-
xorável, coloca o homem sempre diante de seus limites com o objeti-
vo de promover a expansão da consciência de si mesmo e despertar
o potencial cocriativo do filho de Deus, que todos somos. Quando
o homem vence uma etapa, resolve um problema, dá passaporte à
vida para que lhe apresente um novo desafio, uma nova etapa de
aprendizado, à semelhança dos estudantes de qualquer nível que
ao passarem de ano capacitam-se a estudos mais aprofundados e
testes mais complexos.

Prática de saúde atual

Vive-se uma era de transição, em que a herança do materialismo, na
visão mecânica do mundo, permite um aprofundamento no conhe-
cimento das coisas, porém deixa a quase todos órfãos de sabedoria,
de sentido e significados profundos, filosóficos, existenciais.
A prática de saúde atual, a despeito de todos os avanços cien-
tíficos, apresenta-se fragmentada e focada na superespecialização
e no tecnicismo. Além disso, muitas vezes falha em apresentar ou

1
1. Preâmbulo da Constituição da Organização Mundial da Saúde, 1948.