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e acordo com Santo Agostinho (354-430), a
Dpalavra “corrupto” é, em sua etimologia, o
resultado da junção de cor (coração) e ruptus (romper).

O corrupto é aquele que rompeu o próprio coração, o que
equivale a dizer que é aquele que rompeu com a própria
essência, com sua própria natureza, com a própria alma.

O preço a pagar por tal ruptura é muito alto,
pois criamos algo como outra personalidade,
correndo o risco de perdermos nossa própria
identidade, o endereço de nós mesmos.

Normalmente, a corrupção vem aos poucos, nos
pequenos gestos, em pensamentos e palavras, quando
cedemos a um impulso ruim que deve ser contido,
repensado, ou quando contemos algo bom que deve
se expandir. Gradativamente, ela se instala e pode
dizimar qualquer resistência moral que tenhamos.
A educação no lar, na escola e no templo religioso pode e
deve nos imunizar contra a crescente onda corruptiva.