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Podemos encontrar pessoas que prezam dizer “não” e
que raramente dizem “sim”, orgulhando-se de assim
procederem. É possível que elas precisem exercitar mais
o “sim” da cortesia, da delicadeza, da suavidade e da
flexibilidade, pois podem igualmente estar cristalizadas
em um extremismo prejudicial a elas mesmas.

O “não” pode ser libertador quando nos sentimos
cansados, explorados, calados e coagidos.
Dizer “sim” para tudo e para todos pode ser a expressão
de culpas ou carências, levando-nos a uma visão
distorcida do que seja amar, conviver e ajudar. E, ao
viver assim, entramos em um círculo vicioso em que
mais anuência só reforça mais culpa e carência.

Pare de querer agradar a todos! Essa é uma
tarefa impossível e inalcançável, inumana
e fomentadora de maiores neuroses.
O momento é de se amar sem egoísmo, de se querer
bem, de se cultivar, respeitando limites internos
e ajudando o outro a pensar no quanto ele pode
estar dependente e precisando de um “chega para
lá” para andar com as próprias pernas, voar com
as próprias asas e pensar com a própria cabeça.

Exercite o “não” e, mesmo que sinta um certo
desconforto inicial, o que é natural, fique em
paz, viva em paz, sendo ainda mais livre e feliz.

Você precisa, você merece!

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