Page 20 - As Parábollas de Jesus (Evangelho de Mateus) | Candeia.com
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     Ocorre que o politeísmo não cria vínculo entre as cria-
                     turas, uma vez que é obra de deuses distintos, sem exigir
                     respeito, valorização e muito menos amor àqueles oriun-
                     dos de outros povos e, portanto, criaturas de outros se-
                     nhores. Já o monoteísmo une todos os seres a uma mes-
                     ma Fonte, a uma mesma Origem, a uma mesma Causa…
                       Ao reconhecerem sua origem em uma mesma Vontade,
                     os indivíduos são convocados a compreender o vínculo
                     divino que os une. Dessa forma, o monoteísmo, por si
                     só, seria suficiente para eliminar as guerras, a fome, o
                     desamor, a violência e a crueldade, semeando assim os
                     fundamentos da fraternidade universal.
                       Para proteger um conhecimento tão essencial à dis-
                     seminação do Amor, foi necessário que homens singula-
                     res, dotados de notável sensibilidade espiritual, fossem
         18          convocados a comparecer ao seio desse povo para tes-
                     temunhar, de modo a proteger esse conhecimento que,
                     embora originado em um povo sem grandes expressões
                     históricas, deixaria um legado que serviria de bússola
                     para toda a humanidade.
                       Patriarcas e matriarcas, dotados de acentuada espi-
                     ritualidade, médiuns profetas, médiuns sacerdotes, reis
                     médiuns, reis sábios, estudiosos dos textos sagrados, mu-
                     lheres de virtudes divinais e homens de absoluta entrega
                     aos valores espirituais reuniram-se para, muitas vezes
                     sacrificando a própria vida, “fazer um cerco em torno
                     da Torá”…





