Page 33 - Autoamor | Candeia.com

31
desenvolveram por meio de esforço continuado, o autodomínio e a
autossuperação. A
Transformaram-se em símbolos de vitória pessoal, sendo sublimes U
referenciais de conduta moral, consoante o evangelho divino. No T
entanto, os apóstolos e discípulos são mais do que personalidades. Em O
seu conjunto e exemplo, expressam um corpo de virtudes e potências A
da alma, desenvolvidas a partir da condição de humanidade de cada M
um. Representam um caminho possível ao ser humano que deseja O
libertar-se da ilusão da matéria, do peso das questões grosseiras, sinto- R
nizando-se com o culto harmonioso do belo e do bem, que deve
3
presidir o comportamento do Espírito imortal.
Jesus escolheu criteriosamente o colégio apostólico. Nele se encon-
tram homens e mulheres de todos os tipos, de múltiplas potencialidades,
retratando a rica diversidade humana. Nenhum ser perfeito. Almas
simples e conflituosas, cheias de potencial. Inicialmente eles apresen-
taram a Jesus seus problemas pessoais expressos em conflitos e doenças, e
pouco a pouco despertaram para o reconhecimento de sua beleza inte-
rior, descobrindo-se fonte espiritual, capaz de alimentar e nutrir a vida.
Buscaram amparo para as dores físicas e morais e encontraram adubo
para a semente divina que existia em estado latente dentro de cada um.
Na atualidade, homens e mulheres anseiam preencher o vazio que
consome a energia, a vitalidade e a alegria de viver. Busca-se anestesia
para as dores do corpo e da alma e poucas vezes encontra-se, nas ativi-
dades de saúde habituais, o alimento para o coração que auxilie o ser
a se reconectar com sua essência de filho de Deus.
Necessitamos nos espelhar em Jesus, o maior e melhor modelo
dado por Deus aos homens. Sua postura terapêutica era singular e
4
particular, falando a cada coração com a linguagem da alma, a do amor
que vê além da forma e das aparências, de acordo com o que cada um
necessitava. A cada qual a terapêutica adequada, na intensidade e forma

3 Allan Kardec. O livro dos Espíritos. Trad. Guillon Ribeiro. 93ed.
Brasília:FEB, 2022.[item 1009]
4 Idem.[Item 625]