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I
Introdução
AMOR A DOIS
s relacionamentos afetivos são o grande tesouro da
Oexistência humana. Embora nenhum de nós seja uma
metade em busca da outra, somos todos seres incompletos,
desejosos de partilha e alimentação afetiva que possibilite
o crescimento e a produtividade, em todas as áreas, a partir
da experiência amorosa.
Aprendemos a nos reconhecer desenvolvendo com o ou-
tro, que funciona como espelho, uma relação dinamizadora
do estabelecimento claro da nossa identidade e limite do eu,
bem como propiciadora dos vínculos que geram crescimento.
O confronto e a riqueza das diferenças promovem comple-
mentaridade e multiplicam as oportunidades, superadas as
dificuldades de adaptação e os conflitos projetivos iniciais.
É fato: só se desenvolve quem se envolve. Consigo e com
o outro. Só há conquista após a luta. Nesse caso, uma doce
luta com nós mesmos, uma luta de autoconhecimento, para
reconhecer o que em nós atua e nos move para e em uma
relação amorosa, bem como o que de nós atua sobre o outro.
Só temos poder sobre nós mesmos.
Os relacionamentos afetivos, e em especial o de ca-
sal, objeto de nossas reflexões, nos convidam à entrega, à