Page 19 - Chico Xavier à Sombra do Abacateiro | Candeia.com
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Identifica-se como sendo representante da Câmara Muni-            1
           cipal de Casa Branca, estado de São Paulo.
              Ali estava para entregar ao sr. Francisco Cândido Xavier
           o título de cidadão daquela cidade.
              De fato, Casa Branca há muito conferira ao Chico o
           referido laurel, porém, devido a problemas de saúde, ele
           não fixara a data em que pudesse ir à simpática cidade para
           receber, em nome dos espíritas, a homenagem.
              E o vereador falava empolgado: “… como o nosso Chico
           não pode ir à Casa Branca, vimos até ele”.
              Tecia elogios e mais elogios. Exaltava, diga-se de pas-
           sagem, com muita justiça, a figura de Chico Xavier, afir-
           mando ter sido ele, em outras vidas, a jovem Flávia, filha
           do senador Públio Lentulus…
              Chico permanecia calado, olhos fixos no chão movi-
           mentando a cabeça como se estivesse a dizer para si mesmo:
          “Não, não…”
              Inflamado, o vereador continuava… Colocou o Chico
           no mesmo nível de Emmanuel…

              Neste momento, Chico cochicha algo com o sr. Weaker
           e este dá um discreto sinal para que o companheiro que
           falava encerrasse o seu pronunciamento.
              Tomando, agora, a palavra, Chico começa a falar e… a
           chorar.
              Pena que, naquela oportunidade, não tivéssemos um
           gravador acionado.
              Chico fala, muito emocionado, de suas imperfeições,
           de seus deslizes, de suas lutas. Diz que queria deixar bem
           claro para a posteridade que ele não era a reencarnação de




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